Notas

C_omo A_migos. É assim que deveria ser

ImagemQuando entrei na UNEB um dos muitos conselhos que ouvi foi o de que eu deveria me afastar dessas “coisas de política”. Não deu certo, óbvio! Sou um amante desta ciência desde que percebi que não era possível viver tranquilamente sem saber para onde estavam me levando ou como isso funcionava. O ano era 2008 e havia passado nas duas faculdades públicas do estado e cursado quase todo um semestre na UFBA. Soube já no finalzinho que tinha sido aprovado na UNEB também, e vim fazer minha matrícula. Agora eu era um estudante de nível superior, oh que lindo!

Basicamente no semestre que cheguei, participamos de congressos políticos, deliberamos ações pertinentes ao curso a nível nacional, mediei um GD (Grupo de Discussão) e depois de tudo isso, somado a “bagagem política” que tínhamos anteriormente a faculdade, resolvemos montar uma chapa para concorrer ao centro acadêmico (Cacos). Lembro-me que a reação de nossos “opositores” foi a de se sentirem traídos imediatamente, visto que tínhamos sido “encaminhados à politica estudantil” por eles, obvio eles estavam enganados. Nós fizemos uma escolha consciente de sairmos como chapa, ganhamos e incomodamos…

Criamos um instrumento de comunicação e aproximação do/com os estudantes, mas por conta de picuinhas politiqueiras a sua eficiência foi abalada (segue o link do blog contextualizando a época: leiam o texto Quanto vale um calouro? http://calourosrpuneb.blogspot.com.br/search?updated-max=2009-06-11T14:49:00-03:00&max-results=5&start=55&by-date=false). Ela (A “picuinha”) destruiu algo com imensa possiblidade de dar certo, temo que isso possa estar ocorrendo novamente…

A atual gestão

 

Acompanhei de perto a intenção dos calouros (todos são pra mim né 🙂 ) em querer reavivar concomitantemente tanto o C.A quanto a Empresa Junior do curso (ela existe pra quem não sabia é melhor reaviva-la também, por conta dos “accs” #ficaadica) cedi cópia do regimento interno de ambas as instituições aos respectivos interessados. Achei particularmente “do caralho” o interesse pela política ou tentativa de profissionalizar o curso por parte dos meninos. Sempre que pude os orientei, mas me mantive distante o bastante pra que fosse possível que autonomia da galerinha fosse mantida… Acho que isso ocorreu.

A maturidade da atual gestão é resultado de bordoadas e encontros calorosos com a querida burocracia institucional da UNEB. Em verdade vos digo queridos irmãos, ser representante de um quadro de estudantes que não participam, não sabem e não querem saber sobre as decisões tomadas em seu curso, que os afetarão diretamente é algo complicadíssimo de se lidar. É óbvio que me refiro não a todos, mas a uma grande maioria que se comporta deste modo.

Minha opinião diante disto é muito clara e disse abertamente aos “dois lados” o centro acadêmico tem como responsabilidade propor ações que busquem agregar os estudantes do curso, uni-los mesmo. Isto é fácil? Não. Foi feito esta tentativa? Sim, e este esforço tem de ser reconhecido por todos os estudantes.

Os demais estudantes devem exigir aos representantes do curso que estas atividades do/no curso sejam executadas de forma mais corriqueira. Cabe a eles também o entendimento de que os representantes legais (integrantes do c.a) fazem parte de um órgão que pertence a TODOS e se por alguma razão alguém age ou pensa de forma diferente, este alguém deve ser trazido à realidade. Cabe também o auxílio aos integrantes do centro acadêmico, por que embora não pareça nenhum integrante é remunerado para exercer tais atividades.

Trocando em miúdos

A construção de uma, duas, quinze chapas é algo válido e até desejável por mim. Mostra, a priori, que há um latente crescimento do interesse dos estudantes do curso pelos caminhos que este está trilhando. Mas, para mim, não é possível que diante de discordâncias a melhor atitude seja rivalizar construindo uma armada para aqueles que estão frente a um órgão representativo. Democracia tem muito mais haver com a construção coletiva do que com o enfrentamento como primeira opção. Inclusive futuros profissionais de Relações Públicas… O gerenciamento de conflitos é uma das principais habilidades dos R.R.P.P veremos se ambos os lados a possuem…