O cenário político Camaçariense pela primeira vez, ao que tudo indica, apresenta uma grande gama de candidatos que desejam alçar vôo no intuito de ocupar o cargo maior do executivo local. Pela minha ótica ao menos quatro deles tem chances reais de se transformarem em prefeitos de nossa cidade. Respectivamente são: Caetano (PT), Tude (PMDB), Elinaldo (DEM) e “correndo por fora” Jailce (PCdoB). A lista, inclusive, acaba de crescer, visto que o secretário de turismo, Cupertino (PSD), renunciou ao cargo por conta de seu anseio de tornar-se também candidato.
A lista é extensa, talvez seja a maior dos últimos quatro pleitos. Não me recordo bem, confesso. Mas o que me chama atenção neste, especificamente, são as características presentes nos candidatos, seus discursos e projetos a priori, demonstrados em seus “indícios de plataformas políticas” não oficiais.
Caetano promete devolver a cidade aos trilhos do desenvolvimento, Tude apresenta-se como alguém com vasta experiência política que trará novamente a pujança de seus mandatos, no passado. Elinaldo apresenta-se como “a mudança”, um político que fala e é o povo ascendendo ao poder. Jailce apresenta-se como a primeira mulher a candidatar-se, com experiência da/na máquina e, até aqui, é de um partido que tem histórico de apoio ao governo petista, porém sem a pompa e picuinhas dos petistas.
Dos nomes postos, temos dois candidatos processados juridicamente, um septuagenário com vasto histórico de corrupção em nossa cidade e uma desconhecida. Inclusive, o “desconhecimento” por parte da população tem sido um argumento de demérito, utilizado pelo ex-prefeito Caetano e alguns de seus aliados para descrever a candidata. Bobagem do jogo político no mínimo desrespeitoso, mas faz parte.
Então…
O enorme desgaste pelo qual o PT passa a nível nacional, resultado da campanha escrota da imprensa, com clara intenção de impedir a continuidade do governo petista no planalto, o erros de direcionamento ideológico por parte do diretório nacional do partido, somado a baixa popularidade do prefeito Ademar em Camaçari, além da clara postura de personificação do poder em nossa cidade, ou por parte da oposição a repetida idéia de “mudança” sem um projeto novo que, de fato, possa seduzir o eleitor a apostar neste horizonte, traçam uma perspectiva de apreensão diante do que de fato queremos como postura de um próximo prefeito.